No próximo dia 11 de Fevereiro está em causa:
· O Sim à Cidadania
· O Sim à responsabilidade individual
· O Sim ao respeito pela dignidade das Mulheres.
Em 11 de Fevereiro está em causa:
· O Sim a uma responsabilidade que se deseja solidária e colectiva, porque o aborto clandestino diz respeito a todos, Mulheres e Homens de todas as condições sociais, credos religiosos e opções politicas.
Porque em 11 de Fevereiro está em causa o Sim à defesa de Direitos Humanos, concretamente dos Direitos Sexuais e Reprodutivos, Direitos de Saúde.
Defender uma Maternidade e uma Paternidade responsáveis, desejadas, sonho de Mulheres e de Homens, é uma das causas que defenderemos com o nosso voto em 11 de Fevereiro.
Porque em 11 de Fevereiro, buscamos com o nosso voto, mais humanidade para as Mulheres e para os Homens, lutamos contra uma lei injusta, responsável por muitos sofrimentos de muitas mulheres e homens.
Afirmamos que o Aborto Clandestino, não é um problema marginal em Portugal.
Milhares de mulheres, todos os anos, recorrem ao aborto clandestino. Muitas delas sofrem internamento hospitalar devido a implicações que em muitos casos prejudicam gravemente o futuro da sua saúde sexual e reprodutiva.
Em 11 de Fevereiro combatemos as condições violentas e desumanas a que a prática do aborto clandestino vergonhosamente, sujeitas as mulheres portuguesas.
Por isso libertar as mulheres ao ciclo do Aborto Clandestino e Inseguro integrá-las nos serviços de saúde é um imperativo com carácter de urgente.
Em 11 de Fevereiro, votemos Sim a uma alteração à lei em vigor, acrescentando-lhe uma outra circunstancia, a de por opção da Mulher, à interrupção voluntária da gravidez, ocorrer nas primeiras 10 semanas em estabelecimento de saúde legalmente autorizado.
Com o nosso voto Sim, reafirmamos que penalizar o Aborto, não tem evitado a sua prática, nem as consequências graves para a saúde física e psíquica de milhares de mulheres.
Por isso em 11 de Fevereiro, votamos
· Sim ao fim do Aborto Clandestino
· Sim ao reforço de qualificação de profissionais de saúde no apoio medico, social, psicológico e de planeamento familiar, às mulheres e seus companheiros
· Sim aos cuidados de saúde, assegurados pelo Estado, a todas as Mulheres Portuguesas que optem por interromper até às 10 semanas uma gravidez indesejada realizada em respeito pela sua dignidade e privacidade
· Sim, ao cumprimento da Resolução do Parlamento Europeu, que recomenda que a fim de salvaguardar a saúde reprodutiva e os direitos das mulheres à interrupção voluntária da gravidez, seja legal, segura e universalmente acessível e de se absterem em quaisquer circunstancias de agir judicialmente contra mulheres que tenham feito abortos ilegais.
Vamos votar Sim:
- Ás principais criadoras de crianças, de idosos, da família e da sociedade, As Mulheres;
-Ás principais forças de trabalho duro e mal remunerado, As Mulheres;
-Aos principais agentes do desenvolvimento da humanização das sociedades, As Mulheres;
- Aos seres humanos mais pobres e mais explorados em todo o mundo, As Mulheres;
Em 11 de Fevereiro, vamos responder Sim, a uma questão que interessa às Mulheres e aos Homens, mas que tem feito sentar no banco dos réus, As Mulheres.
Em 11 de Fevereiro, vamos votar com as nossas convicções, exercendo a nossa cidadania responsável, porque acreditamos que a busca da justiça e do respeito pelas opções individuais é tarefa solidária das Mulheres e dos Homens livres e responsáveis colectivamente.
Vamos votar Sim, por um Portugal mais justo e mais respeitador dos Direitos Humanos.
Um país onde ser Mãe e ser Pai, seja uma tarefa escolhida responsavelmente pelas Mulheres e pelos Homens e respeitada por uma sociedade inclusa e protectora, na qual as Crianças sintam os afectos incondicionais das suas Mães e seus Pais, o sonho que as sonhou, o desejo que as fez nascer como um projecto de vida e de alegria, num Portugal que as acolhe como os cidadãos de muitas das nossas Esperanças.
*apresentado na Assembleia pelo Sim de Aveiro, a 14 de Janeiro de 2007.
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1 comentário:
Vim informar-vos que coloquei um link da V/ Instituição no meu blogue BioTerra
http://bioterra.blogspot.com/2007/01/o-ano-da-modernidade-em-portugal.html
Pela Modernidade de Portugal, menos hipocrisia e cidadãos verdadeiramente livres.
Abraços
Joao Soares
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