segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

Imprensa: Eurodeputados

Da TSF online

REFERENDO ABORTO
O que está em causa é uma questão de política criminal, diz Sampaio
Eurodeputados de vários países juntaram-se em Lisboa para defender a despenalização do aborto explicando o exemplo do seu próprio país. Durante a iniciativa, foi lida uma mensagem de Jorge Sampaio, na qual o ex-Chefe de Estado defendeu que o que está em causa no referendo é uma questão de politica criminal.

( 19:19 / 28 de Janeiro 07 )

Jorge Sampaio defendeu, este domingo, que o que está em causa no referendo sobre a Interrupção Voluntária da Gravidez é uma questão de política criminal.

Numa mensagem enviada a uma iniciativa pelo SIM, que juntou vários eurodeputados em Lisboa, o antigo Presidente da República considerou que a actual lei em vigor deixa o país «isolado na Europa» e dá «do Estado português, a propósito, a ideia de um Estado retrógrado injusto, cruel e desumano».

Na missiva, que foi lida pelo actor Paulo Matos, Sampaio sublinha ainda que não faz sentido que o Estado continue a punir mulheres que interrompem voluntariamente a gravidez.

Durante a iniciativa, os eurodeputados estrangeiros explicaram os casos dos próprios países.

A eurodeputada espanhola, Teresa Madurel, tentou desmontar um argumento do Não dizendo que, em Espanha, o número de abortos aumentou mas tal deveu-se à imigração e ao elevado número de portuguesas que atravessam a fronteira para realizar um aborto em Espanha.

Britta Thompson, da Dinamarca, explicou, por seu turno, que desde que a lei foi aprovada no seu país, há 34 anos, os abortos diminuíram mais de 50 por cento. A eurodeputada lembrou ainda que a interrupção voluntária da gravidez foi sempre acompanhada com educação sexual.

Os eurodeputados pelo SIM apresentaram também cartas de apoio da França e Alemanha.

Entre os portugueses estavam membros de todos os quadrantes políticos, numa jornada que serviu para lembrar que Portugal é um dos quatro países da Europa onde o aborto é considerado crime. Os outros três são a Polónia, Irlanda e Malta.


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